Gazeta Mercantil - 30/11/2000 - Grande São Paulo
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João luiz Rosa, Rosi Rico e Rachel Cardoso
Boas idéias são as que dão lucro
Depois da euforia no Natal do ano passado e do susto com a queda da Nasdaq, as empresas de internet procuram o equilíbrio. Para receber novos aportes de capital ou atrair sócios estratégicos, os empresários ajustam seus planos com cortes de despesas, reorientam seus negócios e fixam prazos mais curtos para terem lucros. Os investidores, por sua vez, estão seletivos e não se impressionam somente com uma boa idéia. "Antes, uma boa idéia era avaliada pelo seu ineditismo; depois passou a ser avaliada pelo potencial de gerar audiência; hoje é pela forma como ela transforma a audiência em dinheiro", diz Índio Guerra Neto, presidente no Brasil da ITC Ventures, especializada em impulsionar projetos para internet.
Nas chamadas incubadoras, que aplicam dinheiro e prestam serviços em troca de participação acionária, há queixas de que faltam projetos consistentes. A e-Platform, por exemplo, deve fechar este ano com seis projetos, mas gostaria de ter dez, diz o sócio Anibal Messa. Uma das condições para receber financiamento é que a empresa tenha condições de alçar um vôo solo e conquistar por si mesma um segundo aporte de capital num prazo de nove meses.
Segundo os consultores, no Brasil ainda pouca gente faz compras on-line por vários motivos, entre eles o problema da logística para entrega do produto e o medo de dar o número do cartão de crédito para pagar a compra. Mas o número de internautas está aumentando.